Não passe sufoco para escolher um banco de questões

Publicado em
27
/
08/2020
Autor
Fabrício Garcia
CEO na Plataforma Qstione
Fabrício Garcia é um professor da área de saúde apaixonado pelas novas tecnologias educacionais. Seu foco principal de trabalho está em ajudar instituições de ensino e professores a implementar novas tecnologias que aumentem a eficiência educacional, justamente por acreditar que a tecnologia é o caminho mais simples para democratizar a educação de qualidade no Brasil.
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Não passe sufoco para escolher um banco de questões. A Plataforma Qstione preparou 06 dicas e vários insights que poderão ajudar a sua instituição de ensino. Boa leitura!

Muitas escolas e faculdades acreditam que a vantagem de adquirir um banco de questões se resume às melhorias de ordem operacional. Com isso em mente, na hora de escolher qual serviço contratar, levam em consideração apenas algumas capacidades como:

  • Gerar e corrigir provas com mais agilidade;
  • Padronizar questões;
  • Reduzir erros de formatação; e
  • Cortar custos inerentes à produção de itens.

Contudo, apesar de as vantagens operacionais serem totalmente relevantes, neste artigo, queremos chamar sua atenção para o que realmente importa: a estruturação pedagógica do banco de questões.

O que é um banco de questões?

Antes de iniciarmos esse debate, faz-se, necessária, a compreensão do que é um banco de questões ou banco de itens. De forma prática, um banco de questões é um sistema de banco de dados que deve conter todo o conjunto de informações necessárias para geração de avaliações (provas ou testes), em conformidade com o modelo adotado pela instituição. Tais informações devem apresentar um nível mínimo de padronização pedagógica quanto a estrutura e a forma dos descritores de objetivos de aprendizagem, conteúdos programáticos, referências bibliográficas e do próprio enunciado das questões (itens); além de outras informações pertinentes às questões operacionais, como a nomenclatura das turmas e disciplinas.

Com uma padronização pedagógica bem definida, o sistema deve oferecer ferramentas de controle de qualidade das questões enviadas pelos professores. Isto é, um processo pedagógico de revisão e validação das questões. Dessa forma, serão aprovadas e farão parte do banco, somente as questões que atingirem o padrão mínimo de qualidade pedagógica predeterminado pela instituição de ensino

Pré-requisitos para não passar sufoco com um banco de questões

Outra característica essencial a um sistema de banco de questões é a capacidade de indexar as questões às informações pedagógicas que estruturam o conhecimento (exemplo: objetivos de aprendizagem e objetos de conhecimento). Após a realização das avaliações, o sistema poderá contribuir para análise dos resultados dos estudantes. Essa análise apontará as eventuais dificuldades de aprendizado em áreas específicas de conhecimento, e/ou identificará as lacunas de aprendizagem, melhorando a  gestão do processo ensino-aprendizagem. Além disso, o sistema de banco de questões precisa apresentar uma boa usabilidade e lógica pedagógica. Assim, os professores poderão inserir suas questões com simplicidade e eficiência.

Adicionalmente, um ponto quase sempre esquecido é a avaliação da capacidade de gestão das questões armazenadas na banco, ao longo do tempo. Há de se considerar que essas questões precisam ser geridas; uma vez que a ideia fundamental de um banco dessa natureza é a possibilidade de reutilização das questões armazenadas. Sendo assim, o sistema precisa ter ferramentas de gestão que controlem a utilização das questões, bem como a revisão das questões já armazenadas.

Por fim, devemos considerar a capacidade de integração de informações entre o sistema do banco, o sistema acadêmico da instituição e outros possíveis sistemas envolvidos. Sem a devida integração, o trabalho dos docentes pode ter sua qualidade reduzida ou, até mesmo, tornar-se inviável.

Esses são os pré-requisitos mínimos para um bom sistema de banco de questões. Porém, tendo em vista suas especificidades pedagógicas e operacionais, a solução ideal para cada instituição de ensino deve ser analisada caso a caso. Por isso, é tão importante avaliar, com muita criteriosidade, antes de escolher o sistema de banco de questões para sua escola ou faculdade. Uma escolha errada pode trazer muita dor de cabeça!

Vantagens pedagógicas de um bom banco de questões

Definidos os pré-requisitos mínimos para um sistema de banco de questões, vamos, agora, falar das vantagens pedagógicas obtidas a partir do seu uso correto.

1) A instituição passa a determinar o padrão de qualidade das questões (itens)

Quando se trata de avaliação de estudantes, um dos maiores problemas  consiste na falta de qualidade das questões elaboradas pelos professores. As possíveis causas desse problema são multifatoriais. Mas, em parte, ocorre pela falta de ferramentas de gestão do processo de avaliação e pela baixa capacitação pedagógica dos professores em processos de avaliação de estudantes.

Por este motivo, quando uma instituição de ensino adota um sistema como a Plataforma Qstione, esses dois problemas se resolvem de forma muito eficiente. A nossa plataforma conduz os professores na elaboração de questões de acordo com as boas práticas pedagógicas. Além de proporcionar um processo de revisão de questões semelhante ao que acontece no Banco Nacional de Itens (BNI-MEC). Assim, temos a geração de pareceres pedagógicos contínuos no processo de revisão e validação de questões. Tal processo de revisão, de forma pedagógica, promove uma mudança positiva na cultura avaliativa institucional!

Essa mudança cultural estabelece um novo patamar qualitativo em avaliação de estudantes, gerando avaliações que realmente mensuram o alcance dos objetivos instrucionais descritos no currículo escolar. Isso gera um efeito pedagógico em cascata que culmina na qualificação contínua dos professores e na melhoria qualitativa de todo processo educacional. Nesse contexto, a implantação do sistema de banco de questões atua como um estopim para a qualificação dos serviços educacionais da instituição de ensino.

2) A matriz de objetivos instrucionais e outras informações ficam totalmente indexadas às questões

A indexação dos objetivos instrucionais, conteúdos, referências e outras informações à avaliação eleva quantitativamente e qualitativamente a análise dos resultados dos estudantes. Isto é, a instituição terá acesso a mais dados do desempenho dos estudantes, com maior confiabilidade e a possibilidade de um cruzamento mais amplo dessas informações. A resultante disso é o aumento da capacidade de análise dos resultados dos estudantes.

Dessa forma, é possível acompanhar os resultados acadêmicos dos estudantes, quase em tempo real, agilizando eventuais intervenções pedagógicas que visem a melhoria dos resultados. Por exemplo, se a instituição quiser acompanhar os resultados de um aluno, ou grupo de alunos e comparar tais resultados entre si, basta cruzar as informações indexadas. Obviamente, um bom sistema de banco de questões deve ser capaz de fazer tais cruzamentos de dados. Preferencialmente, por meio de uma ferramenta específica chamada de Business Intelligence (BI)

Essa capacidade de processamento e cruzamento das informações pedagógicas indexadas à avaliação, por meio do sistema de banco de questões, faz toda diferença para os gestores escolares. Com a posse dessas informações, a equipe pedagógica pode detectar falhas no processo ensino-aprendizagem; bem como identificar quais são os conteúdos programáticos mais deficitários, materiais didáticos ou referências mais utilizados, objetivos de aprendizagem eventualmente não alcançados, e  inferir as possíveis causas das falhas pedagógicas detectadas.

3) Cada questão cadastrada no banco passa a ter uma trilha de registros pedagógicos

Uma questão, após ser submetida ao sistema, pode ser pedagogicamente monitorada por meio de diversas ferramentas que geram uma “trilha de informações”. Essa trilha pode conter informações como: pareceres pedagógicos e o histórico de edições, recusa ou aprovações de revisores de itens, número de vezes que foi utilizada em provas e data da última utilização.

Graças a essa trilha de informações, os professores e a equipe pedagógica das instituições, podem se guiar na hora de escolher quais questões devem entrar no escopo de uma determinada prova. E isso faz toda diferença na hora de calibrar o nível de complexidade das avaliações ou determinar quais são as questões mais adequadas ao perfil de prova que se deseja.

Sem o sistema de banco de questões, as provas são elaboradas praticamente às cegas. E os professores correm o risco de elaborar provas contendo erros básicos, como repetir questões recentemente utilizadas em outras avaliações ou com erros de conteúdo e linguísticos.

4) As questões são elaboradas com base nos manuais pedagógicos

Quando a instituição de ensino não tem um sistema de banco de questões, a gestão do processo avaliativo fica completamente comprometida. Sem ele, os professores tendem a elaborar questões de acordo com os seus próprios critérios individuais de avaliação. Assim, na prática, cada docente aplica um modelo próprio de avaliação e isso torna a análise comparativa dos resultados dos estudantes inviável. Em alguns casos, até inviabiliza quaisquer outros tipos de análise desses resultados.

Por isso, o caminho mais adequado é o da padronização dos métodos, baseando-os em critérios pedagógicos. Nesse intuito, a instituição deve compor os seus próprios manuais de elaboração de questões, capacitar os professores e institucionalizar o processo de avaliação de estudantes. Essa mudança de paradigma eleva, como um todo, a qualidade do processo.

5) Melhoria da gestão do processo de revisão de questões

A sistematização do processo de revisão de questões é um dos grandes gargalos para muitas instituições de ensino. Desse modo, com o intuito de organizar tal processo, algumas instituições buscam modelos próprios de revisão de questões. Porém, em grande parte dos casos, tais métodos são adotados de maneira pouco criteriosa e sem seguir as melhores práticas pedagógicas.

Para exemplificar, podemos mencionar o fato de algumas instituições cometerem os erros de tentar revisar e validar a prova pronta, de forma manual e sem um check-list pedagógico. Procedimentos desse tipo, geralmente, não promovem bons resultados de ensino. Já que, nesse contexto, antes de tudo, é preciso entender que a lógica de um banco de itens está no armazenamento de questões com modelo e padrão de qualidade predefinidos, visando a reutilização destas no futuro. Assim, seguindo essa lógica, a prova se torna apenas um subproduto dessas questões; ou seja, embora as provas também fiquem armazenadas no sistema, a ideia central não é reutilizá-las. Infelizmente, esse conceito nem sempre é compreendido pelos gestores educacionais.

Já, na plataforma Qstione, esse conceito está bem claro. Pois todas as questões inseridas no sistema entram em um fluxo de revisão e aprovação. Assim, elas são submetidas ao sistema pelos professores, e são obrigatoriamente revisadas pela comissão de avaliação da instituição de ensino. Esta comissão segue um checklist pedagógico de revisão previsto nos manuais de elaboração de itens institucionais.

Em seguida, as questões aprovadas se tornam, automaticamente, aptas e disponíveis para a geração de provas. Isso garante um controle total da qualidade das questões que estão entrando no banco, aumentando, consequentemente, a qualidade das provas geradas pelos professores.

Uma vez implementado, o sistema de banco de questões permitirá a geração de avaliações de altíssimo valor pedagógico. Isso significa gestão de todo o  conhecimento e das informações indexadas aos itens.

6) Ferramentas de gestão pedagógica das questões armazenadas no banco

Outro aspecto que, muitas vezes, é esquecido pelos gestores educacionais é o processo de gestão das questões acumuladas no banco. As questões aprovadas e armazenadas precisam ser revisadas, periodicamente, para se manterem atualizadas. Além disso, precisam apresentar informações acerca do seu histórico de pareceres pedagógicos. Dessa forma, é possível avaliar com clareza se uma dada questão deve permanecer aprovada para o uso nas próximas avaliações, ou se é preciso colocá-la em análise para posterior revisão; ou, ainda, se ela deve ser definitivamente excluída do banco.

Para isso, o sistema de banco de questões precisa de ferramentas que auxiliem o gestor na tomada de decisão. Dentre essas ferramentas estão:
  • O registro de pareceres,
  • Relatório de anulações ou mudanças de gabarito e,
  • No caso da plataforma Qstione, a ferramenta de Business Intelligence (BI);

Essa ferramenta permite o cruzamento dessas e muitas outras informações pertinentes à gestão do banco de questões.

Em suma, fica claro que um banco de questões não é um banco de dados simples. Um bom sistema de banco de questões precisa oferecer ferramentas que facilitem a operacionalização da prova, mas, também, que orientem os processos pedagógicos para manutenção da qualidade das questões e das provas geradas.

A plataforma Qstione, nesse contexto, sem dúvida, surge como o sistema de banco de questões mais completo e eficiente do Brasil, com uma forte pegada pedagógica e tecnológica. Por isso, não perca tempo, entre em contato com nossos consultores e marque uma apresentação.

Até o próximo artigo!

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